Ainda nos dias atuais é muito comum a prática pedagógica que se limita unicamente a transferência de conteúdos pré-estabelecidos pelos livros didáticos. Muitos docentes, inclusive, defendem que a sequencia dos conteúdos apresentada pelos livros não devem sofrer alterações. Nesta perspectiva, qualquer pergunta formulada pelo aluno que fuja do contexto apresentado naquele momento é desconsiderada e, na maioria das vezes, fica sem resposta.
Conseguir unir o prazer com o aprender é, em minha opinião, um dos maiores desafios enfrentados pelos professores da sociedade moderna. Acredito que os professores só conseguem promover uma aprendizagem significativa quando os conhecimentos prévios dos alunos são considerados e os assuntos que lhe despertam interesses identificados. Somente através dessas informações o professor conseguirá contextualizar os conteúdos das disciplinares curriculares e permitir que a transposição didática se efetive. Este é o primeiro passo rumo à superação deste desafio.
Decidi argumentar acerca deste assunto antes de começar as minhas postagens de atividades propositadamente. Considero que a análise reflexiva acerca de toda e qualquer atividade pedagógica destinada aos nossos alunos possui extrema importância. Por quê? Como? Para quem? São perguntas que devem ser recorrentes em nosso cotidiano como professores comprometidos com uma educação de qualidade. As estratégias de aplicação e os objetivos a serem alcançados sempre devem ser analisados previamente.
A época em que o aluno era considerado como vasilha vazia ficou para trás. Uma abordagem educacional comprometida com a formação integral do indivíduo preocupa-se fundamentalmente com o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, que o capacite a reconhecer e cumprir os seus deveres como cidadão e a lutar pelos seus direitos.
Caros colegas, por favor, a prática da transmissão de conteúdo pelo conteúdo, não!
